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Pode existir desenvolvimento econômico sem empregabilidade jovem?

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego entre os jovens de 18 a 24 anos é de 31,6%, mais de três vezes a taxa de desemprego geral, que é de 10,6%. A taxa de inatividade entre os jovens de 18 a 24 anos é de 23,9%, o que significa que eles nem estão trabalhando nem procurando emprego. As mulheres jovens são mais propensas a serem desempregadas e inativas do que os homens jovens, pois ficam cuidando de idosos da família ou irmãos menores. Os jovens negros são mais propensos a serem desempregados e inativos do que os jovens brancos e os que não completaram o ensino médio têm mais probabilidade de serem desempregados e inativos do que os jovens que completaram o ensino médio.

empregabilidade jovem

Existem vários fatores que contribuem para a alta taxa de desemprego e inatividade entre os jovens no Brasil. Entre elas precisamos mencionar a falta de acesso à educação e ao treinamento de qualidade, a falta de qualificação comportamental e competências em ‘soft skills’ para aplicar ao dia a dia do trabalho e discriminação racial e de gênero. Existe uma grande desconexão entre as propostas curriculares tanto do ensino médio como do ensino superior e o projeto de vida dos estudantes. Esse abismo faz com que haja grande desinteresse, por parte dos estudantes, pelo estudo e falta de resultados de aprendizagem que ajudem os jovens a construir o seu futuro.

Quem sai perdendo somos todos nós, pois o Brasil passa a ser um país com baixa competitividade no escopo internacional atraindo poucos investimentos externos de empresas e conglomerados de capital que queiram trazer iniciativas empresariais para o Brasil. Também acaba nos desfavorecendo em relação ao nosso próprio mercado interno porque acaba havendo uma grande dificuldade para os investidores brasileiros em fazê-los empreender em negócios, que geram emprego e renda, ao invés de aplicar seus recursos em outras opções como em fundos de renda fixa, opções de ações ou outras alternativas do mercado financeiro.

A empregabilidade jovem é a fundação do nosso futuro. Quando realizamos ações e projetos para qualificar o jovem a fim de conecta-lo com empregos de alto valor, que permitam crescimento e perspectiva de carreira, estamos investindo em nossa nação na perspectiva de coletividade. Esta temática precisa ganhar cada vez mais protagonismo quando pensamos em um ‘projeto de país’ para nossos filhos e netos. É por isso que a Fundação Wadhwani oferece gratuitamente para todos seus parceiros e os jovens (e adultos também) formações em soft skills para a empregabilidade. Elas tem por objetivo preparar as pessoas para a atuação comportamental e profissional que precisa se estabelecer durante o processo seletivo e o dia a dia no ambiente de trabalho.

Lúcia Rodrigues Alves

VAMOS NOS CONECTAR ?

Lucia Rodrigues Alves é formada em Letras pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, é Mestre em Linguística Aplicada à Educação pela PUC – SP.
É Educadora Google e Google Certified Trainer. Também é certificada como Multiplicadora em Educação Midiática.
Atualmente, faz parte do Conselho Executivo da maior associação de profissionais de língua inglesa do Brasil, o BRAZ-TESOL e é a Diretora de Desenvolvimento de Negócios e Parcerias da Fundação Wadhwani, que oferece formações em Competências para a empregabilidade, em formato pro-bono, visando a inserção produtiva de jovens, jovens adultos e adultos.

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